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A Força está com eles

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Star Wars revolucionou o cinema, o mundo dos negócios e influenciou até áreas como filosofia, política, religião, física, direito… e administração!

 

Faz 40 anos que é impossível contar a história do cinema sem falar em jedi, sabres de luz, Darth Vader ou Mestre Yoda. Desde que apareceu na tela grande pela primeira vez, em março de 1977, a saga Star Wars é muito mais do que a franquia de filmes de maior sucesso de todos os tempos. É uma obra que revolucionou a cultura popular.

O primeiro episódio da série idealizada por George Lucas é considerado o responsável pelo início da “era dos blockbusters”. Um fenômeno inesperado de bilheteria e marketing que revelou a genialidade de seu criador, não apenas em relação ao cinema e aos efeitos especiais, mas também ao mundo dos negócios.

O lançamento mais recente da franquia, “Episódio VIII: Os Últimos Jedi”, chegou aos cinemas em dezembro de 2017. Duas semanas depois, já era dono da sétima maior bilheteria da história nos Estados Unidos, com US$ 517,1 milhões arrecadados. Em todo o mundo, o filme já superou a marca de US$ 1 bilhão.

Mas a influência de Star Wars está além disso. Sobre a história da família Skywalker e da batalha entre os lados luminoso e sombrio da Força já foram traçadas análises e apontadas implicações em relação à religião, filosofia, política, literatura, publicidade, engenharia, biologia, matemática, física, astronomia, ao direito… e até mesmo à administração!

 

A origem

Quando George Lucas bateu na porta dos grandes estúdios de Hollywood com o roteiro do primeiro Star Wars nas mãos, ninguém acreditava que aquele monte de naves espaciais, espadas de luz, princesas, cavaleiros e extraterrestres esquisitos poderia conquistar o público. A própria ideia de um épico interplanetário era estranha e pouco convincente.

A Universal e a Warner recusaram o filme logo de cara. Para convencer a FOX, Lucas aceitou receber como parte de sua remuneração os direitos para uma continuação e a propriedade de todo o merchandising proveniente dos filmes.Uma tacada de mestre, que o tornaria diretor bilionário e dono de sua própria empresa cinematográfica.

O orçamento foi equivalente ao de um filme independente: apenas US$ 11 milhões. Algo irrisório para uma produção que precisaria revolucionar os efeitos especiais para ter alguma chance de sucesso. O desafio foi superado com maestria por George Lucas e sua equipe, mas, mesmo depois de pronta, a obra continuava enfrentando desconfiança.

Na estreia, apenas 32 salas nos EUA exibiram Star Wars. Mesmo assim, o êxito foi estrondoso. O filme se tornou a maior bilheteria de todos os tempos até então, com US$ 775 milhões arrecadados. Faturou sete prêmios no Oscar. Virou um fenômeno de merchandising, com brinquedos, livros, HQs, games e uma infinidade de produtos que viraram febre em todo o planeta.

Um novo modelo de negócios estava lançado. Nunca mais um diretor conseguiu um contrato que cedesse direitos sobre merchandising. Em 2007, a Forbes estimou que cerca de US$ 9 bilhões em brinquedos haviam sido vendidos desde 1977.

Com a fortuna que ganhou aplicada na Lucasfilm, George Lucas pôde financiar e filmar sem qualquer intervenção do estúdio as continuações “O Império Contra-Ataca”, lançada em maio de 1980, e “O Retorno de Jedi”, que estreou em maio de 1983. Pela primeira vez, um diretor de cinema tinha controle total sob sua criação.

 

Começo pelo meio

O primeiro episódio da franquia foi lançado apenas com o título de “Star Wars”, traduzido no Brasil para “Guerra nas Estrelas”. Só em 1981, quando foi reeditado, ganhou o subtítulo de “Episódio IV: Uma Nova Esperança”.

Mas afinal, porque Star Wars começa pelo quarto episódio? Segundo George Lucas, essa era a parte “mais interessante” da história. Por isso, ao oferecer a saga aos estúdios, ele decidiu pela parte que conta a história de Luke Skywalker e seu desafio contra o vilão Darth Vader, que ficaria conhecida como “canônica”.

A história só seria retomada 22 anos depois, com o lançamento dos três primeiros episódios segundo a ordem cronológica da história. Em maio de 1999, “Episódio 1: A Ameaça Fantasma” colocou a saga de volta nos cinemas. Em 2002, saiu “Episódio II: Ataque dos Clones”. O “Episódio III: A Vingança dos Sith” foi lançado em 2005.

A chamada trilogia “prequela”, toda dirigida por George Lucas, conta a história do pai de Luke, Anakin Skywalker, e de como ele se transforma em Darth Vader.

 

A era Disney

Em 2012, George Lucas vendeu a produtora Lucasfilm para a The Walt Disney Company por US$ 4 bilhões. Uma nova trilogia foi anunciada e, em dezembro de 2015, foi lançado “Episódio VII: O Despertar da Força”. Em apenas cinco dias, registrou faturamento de US$ 500 milhões, se tornando a maior estréia de todos os tempos.

O filme se passa 30 anos depois de “O Retorno de Jedi” e acompanha a jornada de Ray, uma garota de origem misteriosa, e Finn, um stormtrooper desertor. Eles encontram um robô com informações sobre o paradeiro de Luke Skywalker, que está desaparecido.

Em dezembro de 2016, a história dá mais um salto cronológico com “Rogue One: Uma História Star Wars”, que se encaixa entre os episódios III e IV. A trama revela como um grupo de rebeldes conseguiu roubar os planos da Estrela da Morte, a arma mortal destruída no filme original da franquia.

Em dezembro de 2017, chegou aos cinemas o “Episódio VIII: Os Últimos Jedi”. Nele, Ray tenta convencer Luke a deixar o exílio. Ele aceita treinar Ray como Jedi e enfrentar o vilão KyloRen, que é na verdade seu sobrinho e neto de Anakin Skywalker/Darth Vader.

 

O que vem por aí

Está previsto para maio de 2018 o lançamento de “Solo: Uma História Star Wars”. Ele será todo centrado em Han Solo, icônico personagem interpretado por Harrison Ford na trilogia original. O “Episódio IX”, que encerará a “trilogia sequela”, ainda está em fase de pré-produção e tem estréia prevista para dezembro de 2019.

É certo que a saga não parará por aí. Os rumores são de que estão sendo planejados filmes sobre Obi-WanKenobi e Mestre Yoda, além de uma nova trilogia. Ou seja, Star Wars deve continuar mexendo com o mundo do cinema e dos negócios por muitos anos.

 

Star Wars no mundo dos negócios e da gestão de empresas

Administradores renomados já traçaram paralelos entre Star Wars e a gestão de empresas. Seja em relação à trama do filme ou sua produção, é fato que Guerra nas Estrelas tem algumas lições a ensinar para quem enfrenta o desafio de administrar um negócio.

O administrador Jorge Cavalcante Jorgenca, professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e ex-presidente do CRA-MA, é autor de alguns artigos sobre o tema.  Em seu blog ele descreveu “Cinco lições além do marketing de Star Wars para o Mundo Corporativo”.

“Mesmo que você já espere pelo resultado final, Star Wars desperta o desejo de descobrir nas pessoas, para que descubram o que há de diferente em Star Wars”, escreve Jorgenca. “No mundo corporativo você precisa despertar o desejo das pessoas a consumirem seu produto, sua marca. Qual o seu diferencial e de que forma você pode encantar seus clientes? Você sabe como se destacar da multidão? Ou é apenas mais do mesmo?”, questiona.

O professor e escritor Fábio Zugman, mestre em Administração pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), escreveu sobre a relação entre Star Wars e o mundo dos negócios. “Após tentar conquistar o universo sozinho, Darth Vader tentou passar a tocha aos seus filhos. É algo parecido com o que vi em várias empresas familiares. Em um primeiro momento, o fundador defende com unhas e dentes sua obra. Não raro, esse comportamento pode ser negativo, criando mal-estar entre os envolvidos, ou a famosa ‘guerra de feudos’ que volta e meia vemos desmontar grandes empresas quando o fundador deixa de estar presente”, analisa.

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