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Compartilhar é preciso

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Chapa “Gestão Compartilhada” trouxe propostas inovadoras e foi eleita com quase 60% dos votos. Presidente e vice dividirão decisões e responsabilidades com diretores e conselheiros

“Presidente não manda. Presidente preside”. É assim que o novo presidente do Conselho Federal de Administração (CFA), Mauro Kreuz, define sua função, à frente do cargo que ocupará pelo próximo biênio. Eleito ao lado do agora vice-presidente Rogério Ramos, Kreuz quer deixar uma nova marca na gerência do CFA: o compartilhamento.

“Nossa gestão será descentralizada e compartilhada, dando ao vice-presidente e aos diretores autonomia para desenvolverem seus projetos. Acredito que com este modelo, com a figura do presidente como um coordenador, damos mais agilidade à gestão e celeridade nos planos de trabalho de cada campo. Isso implica também na corresponsabilidade. Como a tomada de decisões é compartilhada, todos assumem responsabilidade pelos trabalhos e decisões. Isso dá transparência e descentraliza a gestão”, expõe o presidente da autarquia.

Doutor em Administração, Kreuz já presidiu por duas vezes a Câmara de Formação Profissional do CFA e ressalta que a comunidade de administradores no país é representativa, mas poderia ser maior. Hoje, o CFA tem mais de 400 mil profissionais credenciados, mas, pelas contas do recém empossado presidente, poderia ter 4 milhões. “São bacharéis, tecnólogos, mestres, doutores de áreas conexas que poderiam estar registrados no Sistema CFA/CRAs. Esse é o nosso primeiro grande objetivo: fortalecer nossa comunidade, aumentá-la”, afirma.

Para isso, o programa de Certificação Profissional será potencializado e as diretorias ganharão mais poder para desenvolver os projetos de suas respectivas áreas. Outra mudança (já implementada) é a repaginação dos eventos promovidos pelo Conselho, que passarão por uma ampla reformulação conceitual, deixando de ter apelo acadêmico e assumindo um apelo de mercado.

“Queremos promover uma aproximação maior com nossa comunidade, com mais diálogo. Vamos ouvir a todos, tanto críticas quanto sugestões. Estamos abertos para aprender com as boas práticas e entender o que aflige nossa comunidade lá na base. Todos estão legitimados a mostrar suas inquietudes e apontar soluções para melhorar e resgatar a autoestima e o amor pela nossa profissão. Precisamos nos orgulhar mais do que somos e do que fazemos”, enfatiza Kreuz.

Para o vice-presidente eleito, Rogério Ramos, conselheiro pelo federal pelo estado do Tocantins, a gestão compartilhada que se estabelece agora no CFA vai empoderar os 27 conselheiros pelo país. “Esses representantes foram eleitos em suas bases para atender anseios de administradores atuantes em todo território nacional. Esta articulação vai dar voz e vez a todos eles e, desta maneira, atenderemos o Brasil como um todo”, disse.

Kreuz concorda e afirma que é preciso ouvir mais os Regionais. “Entendemos que há muitos bons exemplos nos Conselhos Regionais e queremos criar um banco de boas práticas, que possam ser levadas aos demais estados”, disse.

 

Diretorias listam as prioridades para o próximo biênio

Para dar início ao trabalho junto às diretorias do CFA, presidente e vice estão fazendo diagnósticos juntamente com os novos diretores eleitos, para pontuar um plano de trabalho mais objetivo a ser executado no período de dois anos. “Nesta gestão compartilhada, os diretores das câmaras é que darão o tom das prioridades a serem postas em prática”, afirma Mauro Kreuz.

Para presidir a Câmara de Fiscalização e Registro, foi eleito Carlos Alberto Ferreira Junior, conhecido no Sistema como Carlão. Entre as prioridades de sua diretoria está a melhoria na fiscalização nos estados. “Já tivemos muitos avanços nos últimos anos com tecnologia e sistemas integrados. Mas só isso não resolve. Ainda temos certos desníveis nos estados e agora pretendemos fazer as devidas padronizações para conseguir fiscalizar melhor”, disse.

Carlão afirmou ainda que o objetivo é estabelecer um banco de dados de boas experiências, que possa ser compartilhado entre os estados. “Vamos realizar, ainda este ano, uma Convenção Nacional do Sistema. Temos fiscais bons e experientes nos conselhos regionais. O que precisamos agora é integrar tecnologia, ação humana e atos normativos para que a fiscalização seja mais coesa e presente no Brasil inteiro”, explicou.

Diego da Costa foi eleito diretor da Câmara de Desenvolvimento Institucional (CDI) do CFA, área responsável por toda a comunicação do órgão. Entre as principais ações da Câmara para 2019, está a ampliação da Rádio ADM e do CFAPlay –  webrádio e webtv do CFA, respectivamente. “Teremos mais quatro novos programas na programação: ‘ADM Responde’, ‘Café com Administração’, ‘Saiu na RBA’ e Séries sobre campos específicos da Administração”, explica

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