Aplicativos de acompanhamento ganham espaço e podem aumentar a participação popular na gestão pública
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Com a tecnologia avançando e mudando a vida dos brasileiros diariamente, é fácil se perguntar: será que o surgimento de ferramentas que tem o propósito de fiscalizar e acompanhar a atuação de gestores e entidades públicas está aumentando, de alguma forma, a participação popular na administração do Estado?
A Lei nº 12.527 de 2011, conhecida como lei da transparência, foi criada justamente para estimular a sociedade a participar mais da vida do político e investigar suas ações. A medida também favorece a formação de opinião relativa aos agentes públicos, na medida em que é possível averiguar se estão cumprindo com seus deveres. Por meio da norma, a qual diz que qualquer cidadão pode solicitar documentos ou informações públicas aos órgãos do governo, a tecnologia entrou em ação.
A lei da transparência motivou programadores a tirarem do papel projetos que ajudam a monitorar e fiscalizar governantes e candidatos. Foram criadas, então, diversas ferramentas, aplicativos e programas com o intuito de investigar os políticos brasileiros. Confira abaixo alguns dos softwares desenvolvidos exclusivamente para facilitar a participação do cidadão na gestão pública.
Contas Abertas
É uma plataforma digital, desenvolvida pela ONG Contas Abertas, que investiga gastos do governo. Desde 2005, quando foi criada, tem como objetivo fomentar a transparência e o acesso à informação para que a população tenha maior controle social dos gastos públicos, incentivando a participação popular na gestão estatal.
“Somos pioneiros nesse trabalho de acompanhamento dos orçamentos ligados à União – poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Tudo é feito por meio de informações do Governo, ligadas ao Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi)”, afirma Gil Castello Branco, fundador da ONG.
A associação tem uma agência de notícias, pela qual produz conteúdos ligados ao orçamento, ao combate à corrupção e ao controle social. Basicamente, o trabalho da ONG é extrair informações que interessem a segmentos sociais e a imprensa. “São pessoas que nos contratam para que nos aprofundemos no orçamento e possamos dali extrair algo que seja interessante para o que a pessoa deseja”, diz Gil.
Com muitos desafios pela frente, a Contas Abertas ainda alimenta uma página no Facebook, com um público de mais de 95 mil usuários, e uma conta no Twitter com quase 40 mil seguidores. “Esse é o nosso diferencial. Nenhuma outra plataforma faz o trabalho de monitorar a verba indenizatória do parlamentar. Inclusive, em parcerias com a imprensa recebemos em média de cinco a sete consultas diárias, para contribuir com reportagens”, explica o fundador da ONG.
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