Por Leon Santos

Criatividade e inovação há tempos são duas das Soft Skills (habilidades comportamentais e sociais) mais valorizadas pelo mercado de trabalho. Segundo o relatório “Future of Jobs Survey”, produzido pelo “Fórum Econômico Mundial”, de 2022, as duas capacidades continuam sendo valorizadas devido às rápidas e bruscas mudanças de cenário na sociedade, em especial aos comportamentos e às necessidades dos indivíduos.

As Soft Skills são cada vez mais vistas como interdependentes, ou seja: uma depende da outra para, juntas, se tornarem úteis ao ambiente laboral. A criatividade, por exemplo, está atrelada às capacidades de desenvolver estratégias e realizações (colocar em prática o que foi planejado).

Quanto ao conceito de inovação, não basta inventar algo novo e original. Um produto em seu conceito mais amplo — que inclui desde uma ideia, serviço e artigo físico ou virtual — traz consigo o pensamento analítico, antes e durante a sua concepção (planejamento) que justifique sua existência e transforme a vida de pessoas e segmentos (mercados, profissões etc.) nos quais está inserido.

Por meio de um simples exercício de abstração é possível verificar a razão de por que os dois quesitos têm sido valorizados, juntos, pelas empresas. Pessoas inovadoras têm maior percepção da realidade e do comportamento de indivíduos com diferentes perfis; também apresentam maior vontade de aprender e dedicar horas seguidas ao objetivo de aprimorar pesquisas, estudos e entendimento de algo maior.

A inovação alimenta-se da criatividade, e essa última necessita de ferramentas como disciplina, conhecimento sobre o assunto e referenciais diversos para haver a concepção de uma novidade. Por vezes confundidas em sua definição, elas são elementos diferentes, porém complementares.

A criatividade pode ser definida como a capacidade de apresentar diferentes soluções para problemas antigos, porém de maneira diferente do padrão atual. Por meio da combinação de ideias pré-existentes (referenciais), é possível gerar um resultado inédito e perspicaz.

Em geral, busca-se pessoas criativas e inovadoras em razão de elas encontrarem soluções que a maioria não enxerga. Em um mercado cada vez mais competitivo, quem chega primeiro, e com competência, tem praticamente todo o mercado a ser explorado, sobretudo, na área de produtos; pois quem chega depois deverá pagar royalties pelas patentes já registradas.

Não basta criar, é preciso inovar. Criatividade e inovação se completam, são intrínsecos e formam a revolução de que necessita a sociedade.